Autoestima em tempos de redes sociais

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Se procurarmos no dicionário, o significado da palavra autoestima, encontramos:

“Sentimento de satisfação e contentamento pessoal que experimenta o indivíduo que conhece suas reais qualidades, habilidades e potencialidades positivas e que, portanto, está consciente de seu valor, sente-se seguro com seu modo de ser e confiante em seu desempenho”
Dicionário Michaelis

Portanto, autoestima é a maneira como nos vemos, valorizamos e sentimos em relação às nossas características, conquistas e até mesmo às nossas imperfeições.

Uma pessoa com alta autoestima, geralmente, tem uma visão positiva de si, se sente confiante, digna de amor e respeito, e tem recursos internos para enfrentar desafios e lidar com as adversidades da vida. Por outro lado, uma pessoa com baixa autoestima pode sentir-se inadequada, insegura, ter o hábito de se autodepreciar e dificuldade em se valorizar.

O fato é: a autoestima é influenciada por diversos fatores, como experiências de vida, ambiente e apoio familiar, interações com outras pessoas, linguagens culturais e sociais e outros. É uma construção complexa e que está em constante mudança.

Em uma realidade em que as redes sociais fazem parte da nossa rotina, como fica a autoestima?

Ao acessar as redes sociais, como Instagram, TikTok, Facebook e afins, é comum nos deparamos com o que chamamos de recorte da realidade. Ou seja, observamos as pessoas parecendo estar sempre bem e felizes. Além disso, há muita ostentação, corpos esculturais, sucesso, estilo de vida fitness, alimentação saudável, viagens para os lugares mais incríveis do planeta e mais uma lista enorme de situações que poderíamos citar. Em resumo, em apenas um clique no celular, damos de cara com o que hoje é considerado “uma vida perfeita”.

Nesse sentindo, as redes sociais nos ajudam a ver a vida sem o que faz parte dela de maneira intrínseca, que são os momentos difíceis, os famosos altos e baixos, tédio, inseguranças... Sentimentos humanos que fazem parte de todos nós. Todos mesmo!

Concluímos que o contato constante com o recorte da realidade pode ser bastante nocivo para a nossa autoestima e saúde mental: gerando ansiedade, sensação de não pertencimento e até alguns tipos de transtornos. A comparação que fazemos de nós mesmos com o que vemos nas postagens “perfeitas” acaba nos jogando para baixo. E é isso que precisamos estar muito atentos. Propaga-se um padrão de beleza inalcançável, um estilo de vida ilusório e a necessidade de utilizar, cada vez mais, filtros em fotos e vídeos para ter uma aparência mais próxima ao tal belo. Além disso, os algoritmos das redes sociais acabam direcionando conteúdos similares com os nossos interesses. Ou seja, se não prestarmos atenção, acabamos não tendo contato com a contradição e a diversidade do mundo real. Entramos na famosa bolha.

Para não virarmos reféns dessa vida artificial das redes sociais, precisamos:

• Elevar nosso senso crítico e ter clareza de que uma vida “perfeita” e sem sofrimento não existe;
• Limitar o tempo que gastamos nas redes sociais, assim como o tipo de conteúdo que consumimos;
• E o mais importante: termos sempre pessoas de confiança e afetuosas junto a nós. Isso nos ajuda a mantermos uma boa saúde psíquica e emocional.

Lembre-se sempre: a vida real é off-line!
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