Quais os principais cuidados nas operações de câncer de pele?
24/02/2022 · 3 min de leitura
A maioria dos cânceres de pele pode ser tratada através de cirurgia. Entretanto, para garantir o melhor resultado de um procedimento cirúrgico, alguns cuidados são fundamentais. Alguns procedimentos podem ser feitos apenas com anestesia local, outros com sedação e alguns com anestesia geral. A escolha é baseada na extensão da cirurgia e nas características clínicas do paciente.
Toda cirurgia deve ser cuidadosamente planejada, desde a maneira correta de cada incisão, até os materiais mais apropriados para curativos. Algumas cirurgias para câncer de pele se beneficiam da avaliação intra-operatória pelo dermatopatologista, técnica conhecida como “exame de congelação”, uma estratégia valiosa para confirmação de diagnóstico, o estudo das margens cirúrgicas, e avaliação do comprometimento dos gânglios (linfonodos). Discuta com seu(sua) cirurgião(ã) se isso é apropriado para sua cirurgia.
No ato operatório, as prioridades são a realização do procedimento respeitando-se os princípios de cirurgia oncológica adequados a cada tipo de câncer de pele e a reparação estética e funcional. Nesse sentido, pode ser necessária a participação de um cirurgião plástico especializado em cirurgia plástica reparadora. Essa abordagem multidisciplinar é imprescindível para que todas essas metas sejam atingidas e se alcance o desfecho oncológico almejado. No Núcleo de Oncologia Cutânea do Hospital Sírio-Libanês, temos o privilégio de contar com a toda essa estrutura.
Vai passar por uma cirurgia? Seguem abaixo algumas “dicas”:
Antes da operação
- Certifique-se que o tratamento será conduzido por um(a) especialista capacitado(a) que atue na área de tumores cutâneos – ele (a) saberá conduzir desde a biópsia até o tratamento definitivo;
- Questione sobre outras opções de tratamento;
- Na consulta com o(a) cirurgião(ã), conte sobre os remédios que utiliza (anticoagulantes, anti-agregantes plaquetários, medicamentos naturais tipo Ginkobiloba ou Ginseng) e operações às quais tenha se submetido;
- Caso haja necessidade de um procedimento sob anestesia, tenha exames atualizados e discuta a necessidade de avaliações por outros especialistas;
- Confirme com o(a) cirurgião(ã) se o exame de anatomia patológica será feito no mesmo hospital do procedimento ou se deverá ser encaminhado para outro laboratório;
- Tire suas dúvidas nas consultas (não deixe para o dia da internação ou para os minutos que antecedem o procedimento)
No dia da operação
- Siga as orientações dadas sobre o tempo de jejum;
- Relembre as orientações sobre medicações que devem ser mantidas ou suspensas até o horário de se dirigir ao hospital;
- Os familiares devem estar cientes que procedimentos cirúrgicos podem ter durações variáveis. Via de regra, eles serão informados quando o procedimento acabar;
- Mesmo que haja previsão de alta no mesmo dia, não assuma outros compromissos – o ideal é repousar.
Após a operação
- Seu(sua) cirurgião(ã) dará orientações quanto aos cuidados pós-operatórios: tempo de repouso, limitação de atividades físicas, trocas de curativo;
- Retome o uso de medicações de uso crônico assim que possível, mesmo que haja necessidade de outras medicações relacionadas à cirurgia, no entanto, CUIDADO com os anticoagulantes e anti-agregante plaquetários – confira o momento de voltar a utilizar com seu médico;
- Todo procedimento gera cicatriz. Converse sobre opções para minimizá-las. Além da técnica cirúrgica aprimorada, curativos especiais e alguns produtos tópicos podem ajudar, caso sejam recomendados;
- Compareça aos retornos conforme programado. Isso é fundamental para avaliar sua evolução pós-operatória e para que lhe seja explicado, discutido e entregue o laudo de anatomia patológica;
- Esteja sempre ciente da necessidade e periodicidade do acompanhamento após a cirurgia. Pergunte sobre a programação para seu seguimento oncológico.