Algumas pintas merecem atenção! Quais são as dicas?

Você sabia que as pintas, cientificamente chamadas de nevos, são tumores benignos muito comuns em gente de pele clara, mas também presentes em pessoas morenas? Elas são formadas por uma proliferação de células que tem a função de produzir o pigmento da nossa pele, a melanina. O mais comum é o pigmento marrom. Por isso, a maioria das pintas tem cor que varia do castanho-claro ao marrom-escuro. Contudo, quem tem pele muito clara produz um pigmento mais avermelhado e as pintas podem ser castanhas muito claras e até cor-de-rosa.

A predisposição genética é uma das principais causas desses sinais. Sendo assim, é frequente que pessoas da mesma família tenham uma quantidade parecida de pintas na pele. As pintas congênitas, isto é, presentes desde o nascimento, podem ter tamanhos muito variados (pequenas, médias ou grandes); e muitas vezes serem gigantes (acometendo extensas áreas de pele), sendo necessário acompanhamento médico para a identificação e tratamento precoce de eventuais alterações suspeitas.

Já as pintas adquiridas surgem na infância, atingem seu número máximo no adulto jovem e começam a diminuir com a idade mais avançada. No geral elas são pequenas, menores do que o diâmetro da borracha de um lápis.

Existem muitos tipos de pintas, tais como: nevos azuis, nevos displásicos ou atípicos, nevos de áreas especiais (face, couro cabeludo, palmas das mãos, plantas dos pés, unhas, mamas e axilas), nevos em mucosas e genitais, entre outros.

Quando presentes em grande número na pele de uma pessoa (mais de 100 pintas) e/ou presença de várias pintas de grande diâmetro (acima de seis milímetros), elas podem ser um alerta de risco para um melanoma (tipo mais agressivo de câncer da pele). As pintas também podem ser precursoras do melanoma, isto é, o tumor aparece associado a uma pinta. Com frequência, a pinta do tipo nevo displásico, além de ser um fator de risco, também pode simular um melanoma.

Hoje, sabemos que a exposição ao sol exerce um papel importante para o aumento das pintas, além de potencializar o risco de cânceres da pele. Então, nossa principal dica é evitar uma exposição excessiva ao sol. Sempre usar roupas, chapéu, óculos escuros e filtro solar com boa proteção contra os raios ultravioleta.

Todos nós, independentemente da cor da pele ou do número de pintas, devemos fazer acompanhamento anual com um dermatologista. Entre as consultas, precisamos ficar atentos aos sinais abaixo:

  • Pintas que mudaram de forma, cor ou tamanho
  • Pintas que eram planas e ficaram elevadas
  • Bolinhas ou verrugas que surgem e crescem na pele
  • Pintas antigas que começam a coçar ou sangrar

Já as pessoas com grande número de sinais podem ter mais dificuldade para identificar uma alteração nas pintas, sendo necessário o acompanhamento dermatológico com mais frequência. Muitas vezes com o auxílio do mapeamento de nevos, um exame com fotos e dermatoscopias seriadas das pintas.

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