Caiu? Se tiver dificuldade para andar e a dor persistir, procure um médico

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A quantidade de traumas provocados por quedas é maior nos idosos, depois nas crianças e, por último, nos jovens e adultos, afirma o ortopedista e coordenador geral do Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte do Sírio-Libanês, o dr. Arnaldo Hernandez.

Na terceira idade há uma série de fatores que aumentam as chances de cair, como problemas de visão e audição, dificuldade de equilíbrio e perda da força dos membros inferiores. “Diferentemente de um jovem ou adulto, que ao tropeçar consegue puxar rapidamente uma perna para se apoiar, o idoso não tem mais essa agilidade e essa força”, explica o dr. Hernandez.

Durante o processo de envelhecimento também ocorre um aumento da perda óssea, chamada de osteopenia, que pode progredir para a osteoporose, quando o osso fica mais fraco. Com isso, aumentam os riscos de as quedas provocarem lesões ósseas, sobretudo, no quadril, que geralmente é a região mais afetada.

O Ministério da Saúde estima que um em cada três indivíduos com mais de 65 anos de idade já sofreu alguma queda a partir dessa idade. De cada 20 idosos que caem, pelo menos um sofre uma fratura ou necessita de internação, informa a Pasta.

Para prevenir as quedas dos idosos, o Ministério da Saúde recomenda exames oftalmológicos e físicos anualmente. E, para buscar reduzir o risco de fratura em caso de queda e evitar a osteoporose, é importante manter uma dieta com ingestão adequada de cálcio e vitamina D, tomar sol e praticar exercícios físicos com regularidade desde a juventude.

Crianças, jovens e adultos

Nas meninas com mais de 12 anos de idade e nos meninos com mais de 14, a estrutura do esqueleto normalmente já está formada, segundo o dr. Arnaldo Hernandez, o que diminui os riscos de lesões ósseas provocadas por queda em comparação aos idosos. Durante a juventude e a fase adulta, a maior parte das lesões acaba sendo muscular e em decorrência da prática de exercícios físicos. As lesões ósseas, quando ocorrem, geralmente são por acidente.

“Dificilmente, um jovem ou um adulto tropeça, cai e quebra um osso”, comenta o médico.

Nas crianças, porém, a estrutura esquelética ainda está em formação. Elas têm placas de crescimento, que são áreas feitas de tecido menos resistente nas extremidades dos ossos. Com a função de aumentar o tamanho do esqueleto para que as crianças cresçam, essas placas estão mais vulneráveis às fraturas durante as quedas, segundo o dr. Hernandez.

Além das placas de crescimento, as crianças tendem a se expor mais às situações que levam às quedas, como andar de skate e bicicleta, e subir e descer nos brinquedos dos playgrounds.

Independentemente da idade, as quedas devem ser sempre olhadas com atenção. Se houver um ponto focalizado de dor, inchaço, algum tipo de comprometimento nas funções motoras, como dificuldade para andar ou para realizar os movimentos normais de mãos e braços, um médico deve ser procurado com urgência.

“Se não houver fratura, as pessoas geralmente se levantam da queda e em poucos minutos os movimentos voltam ao normal. Mas, se a dor persistir depois de uma hora, o local inchar ou inflamar, ou mesmo se a pessoa não conseguir colocar o pé no chão, é preciso ir ao Pronto Atendimento”, comenta o dr. Hernandez

O Pronto Atendimento do Sírio-Libanês oferece serviço ortopédico todos os dias durante 24 horas. O atendimento conta com os mais modernos exames diagnósticos por imagem, como raios X, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Além da estrutura própria do Pronto Atendimento, os pacientes que procuram pelos serviços ortopédicos do Sírio-Libanês têm à disposição todos os recursos do hospital para eventuais necessidades de internação ou cirurgia. Profissionais de diferentes especialidades da ortopedia podem ser consultados a distância ou solicitados a comparecer ao hospital para prestarem o melhor atendimento possível ao paciente.

O Sírio-Libanês conta ainda com núcleos e centros que podem atuar de forma integrada no tratamento de problemas ortopédicos, como o Núcleo Ava​nçado de Cirurgia da Mão e Microcirurgia Reconstrutiva, o Núcleo de Medicina do Exercício e do Esporte, o Centro de Reabilitação, o Cent​ro Integrado de Saúde Óssea, entre outros.

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