- Home › Blog › Neurologia › 5 fatos sobre a doença de Parkinson
5 fatos sobre a doença de Parkinson
11/04/2022 · 1 min de leitura
Dia 11 de abril é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson e informar-se sobre essa e outras doenças pode ser fundamental para assegurar uma qualidade de vida. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema.
Conversamos com o neurologista do nosso Hospital, Dr. Tarso Adoni, para falar sobre os 5 principais fatos buscados sobre a doença. Leia e compartilhe!
1. O que é a doença de Parkinson e como se manifesta?
A doença de Parkinson é uma doença neurológica, crônica e progressiva, sem causa conhecida, que atinge o sistema nervoso central e compromete os movimentos. Quanto maior a faixa etária, maior a incidência. Do ponto de vista não motor, é comum que o paciente relate, cerca de 20 anos antes, sintomas como constipação intestinal e a perda de olfato.
Os principais sintomas motores da doença de Parkinson e que direcionam para fazer o diagnóstico são: tremor de repouso, que aparece quando a pessoa está sentada e com a mão descansada - e tende, no início, a desaparecer quando a pessoa usa aquela mão para fazer alguma coisa - ; a bradicinesia, que faz com que a pessoa tenha dificuldade em realizar movimentos voluntários e promove a lentificação de reflexos e movimentos do corpo; rigidez muscular; e curvatura da postura para frente, o que chamamos de antero-flexão do tronco.
2. Qual a faixa etária que a doença de Parkinson acomete? Os números estão crescendo?
Sem dúvida, é uma doença cuja prevalência aumenta conforme nós envelhecemos, particularmente a partir dos 60 anos de idade. Se pensarmos que atualmente a população vem, gradativamente, invertendo a pirâmide etária, é natural que haja maior chance dos casos crescerem. O que aumenta a necessidade de conhecimento sobre a doença e pesquisas para que tenhamos tratamentos cada vez mais eficazes para o controle.
3. A doença de Parkinson é hereditária?
A doença de Parkinson pode ser hereditária, porém isso acontece em uma minoria dos casos e que normalmente começam em uma idade precoce, entre 30 e 40 anos. Classicamente, os sinais aparecem por volta dos 60-65 anos de idade. Quando há o fator genético, é possível mapear alguns genes já conhecidos, o que pode, no futuro, facilitar o estudo e, potencialmente, melhorar a abordagem desses casos.
4. Tem como prevenir?
Até o momento, a causa para o desenvolvimento do Parkinson é desconhecida. Estudos apontam que exposição a pesticidas, uso de substâncias estimulantes, aumento do estresse oxidativo celular podem contribuir, mas não há ainda uma causa única para explicar o aparecimento da doença. E, por isso, não há nenhuma recomendação preventiva.
O que existe hoje são evidências suficientes que apontam que a realização de atividade física, 150 minutos por semana, reduz significativamente os sintomas.
5. Qual o tratamento?
Além da atividade física, há algumas opções: medicamentoso, fisioterápico e até cirúrgicos, em alguns casos. Nos casos medicamentosos, os tratamentos aumentam a disponibilidade de dopamina no sistema nervoso central, neurotransmissor responsável pela transmissão de sinais na cadeia de circuitos nervosos. Quando indicado o tratamento cirúrgico, chamado de DBS (Deep Brain Stimulation), é como se um marca-passo fosse inserido em regiões profundas do cérebro para estimulá-lo. Há também muitas dúvidas sobre o uso do canabidiol para tratar a doença de Parkinson, mas até o momento não existem evidências suficientes para que a gente recomende o uso. Importante também ressaltar que cada paciente deve ser avaliado de forma individual pelo seu médico.