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Sepse requer diagnóstico e tratamento precoce
Dr. Luciano César Azevedo
13/09/2017 · 1 min de leitura
Pouco conhecida pela maior parte da população, a sepse (antigamente conhecida como septicemia ou infecção generalizada) é um conjunto de manifestações produzidas por nosso organismo quando se depara com uma infecção. Na tentativa de responder a esse agente infeccioso estranho, nosso sistema imunológico acaba afetando diferentes órgãos, o que pode levá-los à falência. A melhor maneira de enfrentar a sepse então é reconhecê-la e tratá-la rapidamente.
13 de setembro é o Dia Mundial da Sepse
Para aumentar o conhecimento da população em geral e também dos profissionais de saúde sobre a sepse, a organização internacional Global Sepsis Alliance (GSA) elegeu o 13 de setembro como o Dia Mundial de Combate à Sepse.
Durante esse dia, o Brasil e vários outros países promovem debates, reuniões e campanhas de comunicação para discutir o problema.
Podemos desenvolver sepse após qualquer tipo de infecção, mas geralmente ela se manifesta a partir de infecções em nossos pulmões, abdômen ou em partes do sistema urinário — formado por nossos rins, bexiga, uretra e ureteres.
Sinais de sepse
Como a sepse pode ser provocada por diferentes tipos de infecção, existem vários sinais que podem estar associados a essa síndrome. São eles:
- Aceleração da frequência respiratória.
- Falta de ar.
- Aceleração dos batimentos cardíacos.
- Temperatura acima de 38 °C (febre).
- Temperatura abaixo de 36 °C (hipotermia).
- Fraqueza extrema.
- Vômitos.
- Diminuição da quantidade de urina.
- Queda da pressão arterial.
- Alterações da consciência com sonolência, agitação ou confusão mental (especialmente em idosos).
Segundo o gestor do Protocolo de Sepse do Hospital Sírio-Libanês, o dr. Luciano Azevedo, muitas pessoas apresentam esses sinais, mas acham que é gripe ou outra doença menos grave e não procuram ajuda médica, o que diminui as chances de controle. “A sepse é uma síndrome potencialmente grave, sendo considerada uma emergência médica”, ressalta o médico.
Se você tiver dois ou mais desses sintomas relacionados à sepse, procure assistência médica imediatamente.
A sepse pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum naquelas que têm alguma deficiência no sistema imunológico, como os bebês prematuros; crianças, em especial, com até 1 ano de idade; idosos com mais de 65 anos de idade; pacientes em uso de fármacos que afetem o sistema de defesa ou que tenham aids e câncer.
Rapidez no cuidado
Os profissionais do Hospital Sírio-Libanês estão preparados para reconhecer os sinais de alerta da sepse. Enquanto a média nacional de recuperação da sepse é de 40% dos pacientes; e no mundo de 63%, no Hospital Sírio-Libanês é superior a 80%.
Contamos com um protocolo específico para diagnóstico e tratamento da sepse”, informa o dr. Azevedo. “Isso nos tem ajudado bastante a identificar e tratar de maneira correta e precoce esses casos”, comenta.
Previna-se da sepse
Como as infecções que podem causar sepse são adquiridas em qualquer ambiente — em casa, no trabalho ou no hospital —, pequenos cuidados podem fazer a diferença na prevenção contra essa síndrome.
Para reduzir os riscos de sepse, é importante adotar alguns bons hábitos de saúde:
- Higienizar as mãos com sabão ou álcool durante visitas a hospitais ou pessoas doentes.
- Evitar a automedicação e o uso desnecessário de antibióticos.
- Seguir corretamente os calendários de vacinação.
Reconheça a sepse e salve vidas. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento da sepse, maiores são as chances de cura.
Assista nosso vídeo: