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Bursite no quadril: aprenda a evitar e tratar o problema

31/01/2019 às 02:00SaúdeNotíciasBem-estarHospital

A bursite no quadril é um problema que afeta uma grande parcela de pessoas sedentárias ou que permanecem sentadas por muito tempo. No entanto, também pode atingir corredores (maioria mulheres) e praticantes de atividades com movimentos repetitivos do quadril.

O termo "bursite" consiste na inflamação da bursa, uma pequena bolsa de líquido que reduz o atrito entre duas articulações e facilita o movimento.

Quando está inflamada, a bursa não desempenha adequadamente o papel de reduzir esse atrito e ainda causa dor. Além da bursite no quadril, é muito comum desenvolver a inflamação em ombros, joelhos e cotovelos por serem articulações muito utilizadas.

Mas, afinal, por que a bursite no quadril faz mais vítimas mulheres? "A bursite no quadril, chamada formalmente de bursite trocantérica, atinge mais pessoas do sexo feminino por causa da biomecânica do quadril, que é diferente da dos homens", explica Christina May Moran, fisiatra e coordenadora do Centro de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês.

May Moran ressalta que, na maioria das vezes, não é apenas a bursa que está inflamada, mas toda a região ao seu redor, incluindo os tendões e os músculos do glúteo. Por isso que a dor normalmente não se limita ao quadril e irradia em outros locais próximos.

"Uma das principais prevenções da bursite no quadril é o alongamento", explica a fisiatra. "Se o indivíduo treina, mas não trabalha o alongamento, a bursa pode ser espremida com a sobrecarga".

Como prevenir e tratar a bursite no quadril

Se estiver sofrendo dores na região, consulte um médico ortopedista e evite supor um diagnóstico. Caso seja bursite no quadril, o tratamento inclui anti-inflamatórios e aplicação de compressa de gelo na região para alívio da dor. Vale também diminuir a sobrecarga dos treinos e até pará-los por um tempo. A melhor forma, no entanto, é prevenir. Apesar de parecer clichê, cuidar da saúde e fazer exercícios com regularidade e orientação profissional são essenciais.

Também é importante respeitar os dias de descanso dos treinos para o corpo se recuperar adequadamente. "Manter uma dieta saudável e de acordo com suas necessidades é outro hábito para não sobrecarregar o organismo", completa May Moran.

Recomendações específica para corredores

Corredores precisam ter mais atenção. Além destas dicas, o médico e acupunturista Marcus Yu Bin aconselha que é preciso identificar a raiz do problema para a dor não se tornar crônica.

"Muitas vezes, as pessoas que apresentam essa inflamação também têm outras condições que favorecem a doença, como uma diferença no comprimento entre as pernas, doenças na coluna lombar e artrose do joelho", afirma Yu Bin.

A principal causa provém de treinos ou cargas em excesso. O corpo não se recupera como deveria e a pressão exercida diretamente nos tendões pode causar o problema ou piorar os sintomas.

"A bursite trocantérica é o segundo tipo de dor mais presente na região do quadril, causada na maioria das vezes por movimentos exagerados e repetitivos dos tendões, o que acontece na maioria das vezes com os corredores", afirma Yu Bin.

Outro fator é o terreno onde se corre. "Correr em desnível lateral deixa um dos membros mais encurtados. Isso pode aumentar a sobrecarga nos tendões do quadril, prejudicando a passada e a estabilização da área, o que gera fricção contínua", explica.

Para voltar a correr, mais cuidados: o atleta não pode sentir dor e o quadril não pode estar inchado. "O indivíduo deve ser capaz de dobrar e endireitar o quadril sem dor. Ele também deve conseguir correr em linha reta sem mancar e realizar cortes de 45 graus e 90 graus sem dificuldade", reitera.

Fortalecimento e alongamento dos músculos do quadril são as principais formas de se recuperar da lesão. Além dos exercícios direcionados para a região, também é aconselhável praticar natação, ciclismo, jump, pilates e yoga.

Fontes: Dra. Christina May Moran De Brito, fisiatra e coordenadora do Centro de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês; Felipe Goulart, profissional de Educação Física e membro do Conselho Regional de Educação Física (CREF1); Dr. Marcus Yu Bin Pai, fisiatra e médico especialista em Dor e Acupuntura.

Fonte: MSN Brasil

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