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Será que é ansiedade?
O mix de emoções pode nos causar confusão e falar sobre o que sentimos é um ato de coragem.
Sírio-Libanês
02/09/2024 · 4 min de leitura
Será que é ansiedade?
O mix de emoções pode nos causar confusão e falar sobre o que sentimos é um ato de coragem.
Desde os tempos das animações em preto e branco, os desenhos captam nossas emoções de maneira precisa e caricata. Quem não se lembra do personagem Pateta, extremamente descontrolado no trânsito? Ou ainda da emoção de Simba ao reencontrar seu lar?
Marcando uma das maiores bilheterias da história do cinema, o filme Divertida Mente 2 traz as emoções da personagem Riley que, agora adolescente, vive em um ambiente de mudanças. Com esse cenário, uma nova emoção ganha espaço: a ansiedade.
Sobre a ansiedade
A ansiedade é uma resposta natural do corpo às situações de estresse, caracterizada por sentimentos de apreensão, preocupação e nervosismo. Assim como Riley, todos nós já experimentamos isso em algum momento, como antes de uma apresentação importante no trabalho, ao esperar os resultados de uma prova ou ao enfrentar um grande evento pessoal. Embora seja uma resposta adaptativa em muitos casos, a ansiedade pode se tornar excessiva e persistente, interferindo na vida diária e no bem-estar emocional e físico.
O filme traz a ansiedade como uma reação do nosso organismo às situações específicas. Mas... e se a ansiedade for mais do que apenas uma reação momentânea ao estresse? E se ela estiver sinalizando algo mais profundo?
A ansiedade pode ser um sintoma, não a causa primária do nosso sofrimento. Ela pode estar nos alertando para questões não resolvidas, desejos reprimidos ou pressões inconscientes que precisamos abordar. Tratar a ansiedade apenas pelos seus sintomas é como aplicar um curativo sem cuidar da ferida de fato.
A ansiedade nos dias atuais
Vivendo em uma sociedade contemporânea e no contexto urbano, estamos sendo constantemente bombardeados por pressões de produtividade, performance e por uma busca incessante pela perfeição. Essas demandas podem amplificar a ansiedade.
No entanto, a ansiedade também pode funcionar como um motivador, ajudando-nos a alcançar objetivos e a tomar precauções. No entanto, quando ela se torna excessiva, realmente é fundamental buscar ajuda.
Emoções confundidas
Diferenciar a ansiedade da angústia, que é um sentimento mais difuso e profundo, pode ser crucial para nossa saúde mental. Nomear o que está causando ansiedade, bem como buscar atividades físicas e momentos de lazer e ócio são atitudes que podem nos ajudar a encontrar um equilíbrio saudável, como Riley fez ao buscar colocar em prática seu esporte favorito.
A culpa...
"Oi, sou a ansiedade. Onde ponho isso?", pergunta a nova emoção ao aparecer no filme pela primeira vez. Essa pergunta, quando feita de forma individual, pode também nos levar a um lugar de culpabilização: “Será que não estou produzindo o suficiente? Será que não sou bom o bastante?”.
Apesar de, muitas vezes, esse sentimento nos ajudar a atingir alguns objetivos pessoais e profissionais, também precisamos entender o motivo de tantas pessoas estarem se sentindo assim, muitas vezes desamparadas e deslocadas.
A resposta precisa acontecer no âmbito coletivo e no laço social. Dividir esse sentimento com nossa rede de apoio e com profissionais de saúde pode ser uma possibilidade de entender que não estamos sozinhos e descobrir juntos onde colocamos essa tal ansiedade.
Em resumo: a ansiedade nem sempre é algo ruim e não está ligada apenas a fatos específicos. Ela pode ser boa para nos alertar de algo e faz parte do nosso dia a dia, bem como pode estar em dose exacerbada no nosso corpo, prejudicando-nos. Por isso (e muito mais!), cada pessoa é única e cada emoção ecoa de uma forma diferente em cada indivíduo. É essencial tratar as individualidades de cada um sem estereotipar ou minimizar o que está sendo vivido. Reconhecer a necessidade de compartilhar esse sentimento e procurar ajuda não são atos de fraqueza, mas, sim, de muita coragem. E seu Time de Saúde segue à disposição.