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É só esfriar que as ‘ites’ chegam com tudo
Sírio-Libanês
31/08/2023 · 1 min de leitura
Quando questionamos um colega qual a sua opinião sobre o inverno, geralmente, as respostas são diretas. Há quem ame e quem odeie. O fato é que, gostando ou não da estação, é no inverno que passamos mais tempo em locais fechados para nos proteger do frio.
Os ambientes fechados e com pouca circulação de ar contribuem com a disseminação de doenças infectocontagiosas e com a maior exposição às substâncias que causam hipersensibilidade e reações alérgicas. Além disso, o próprio ar seco, comum no inverno, resseca as vias aéreas, tornando-as mais sensíveis e suscetíveis às inflamações e infecções.
Mas, apesar do tempo e do clima, nem todo mundo é afetado da mesma forma por essa época do ano e suas consequências. Algumas pessoas são mais sensíveis a esses fatores ambientais e ao desenvolvimento das “ites”, como rinites, sinusites e bronquites.
Diferença entre os termos rinite, sinusite e bronquite.
Ao mesmo tempo que compartilham do sufixo “ite”, que significa inflamação, a outra parte das palavras é responsável pela principal diferença entre elas: a localização em que a infecção ou inflamação acontece. A seguir, contamos um pouco mais sobre o tema!
Rinite
O espirro é uma das características da rinite, mas não só dela — também pode representar quadros de resfriados e gripes. Apesar de existir rinite infecciosa, medicamentosa e a causada por refluxo gastroesofágico, a forma mais famosa da rinite é a alérgica, que costuma vir em crises. Ela pode ter associação com a hereditariedade, mas o ambiente contribui com seu desenvolvimento.
Além dos conhecidos espirros sequenciais, o nariz pode entupir e/ou escorrer, ter coceira local e diminuição da capacidade de sentir cheiros. No tratamento podem ser usadas medicações para aliviar crises e evitar que existam recorrências, mas a medida mais importante é o cuidado com o ambiente. Por exemplo: manter os cômodos arejados (se possíveis expostos ao sol); lavar a roupa de cama e de banho ao menos 1 vez por semana; preferir aspiradores e pano úmido para limpar a casa; para quem tem animais de estimação, limitar os locais da casa onde ele tem acesso (evitar que suba na cama e no sofá, por exemplo); e evitar ter tapetes, carpetes, cortinas, plantas e decorações que acumulem pó.
Manter-se hidratado no frio também é de extrema importância. Então, mesmo sem sede, não deixe de beber bastante água.
Sinusite
Nariz entupido, secreção espessa e amarelada, dor de cabeça e sensação de peso na face. Esses são sintomas clássicos de sinusite e, na hora que surgem, a ideia de tomar antibiótico já vêm à mente, né? Mas, calma!
Assim como a rinite, a sinusite pode ter diversas causas. Tanto a bacteriana quanto a viral são comuns e ambas costumam ser agudas e autolimitadas, ou seja, melhoram em poucos dias, mesmo sem tratamento.
Para controle de sintomas, a dica é a boa e velha lavagem nasal com soro fisiológico, várias vezes ao dia. Os casos que pedem o uso de antibiótico são aqueles que duram por mais tempo, com mais de 5 ou 7 dias, ou que apresentem sinais de complicação e/ou gravidade.
Ainda sobre a sinusite, é interessante afirmar que, na maior parte dos casos, não é preciso realizar exames, como radiografia de seios da face, para diagnosticar e direcionar o tratamento, justamente por ela tender a ser aguda e autolimitada. O diagnóstico é clínico (aquele feito pelo profissional de saúde durante a consulta).
Ah, e a dica dada para a rinite, vale aqui também: mantenha as janelas abertas, deixe o ar circular, evite exposição às substâncias que causam alergia e se hidrate. Além disso, lembre-se sempre de higienizar as mãos e manter uma alimentação balanceada.
Bronquite
Já ouviu falar em tosse “miado de gato”, aquela acompanhada de chiado no peito? Pode ser um possível sintoma da bronquite, que é uma inflamação das vias aéreas principais dos pulmões. Mas, a causa e os sintomas apresentados costumam variar de acordo com a classificação, se aguda ou crônica, que podem ser somados aos sintomas de um resfriado comum ou ainda evoluir para febre e falta de ar.
Os principais causadores de bronquites agudas são as infecções virais e bacterianas, e intoxicações agudas (como por produtos de limpeza). Muitas vezes, a causa também pode ser associada ao tabagismo e à exposição à poluição e muita poeira. O diagnóstico é feito, muitas vezes, durante a consulta mesmo, sem exames complementares. Já o tratamento pode variar de caso a caso, mas o repouso, a alimentação adequada, hidratação e umidificadores ou vaporizadores podem auxiliar no tratamento.
De todo modo, o foco do tratamento é na prevenção: atualizando as vacinas e evitando o contato com fatores desencadeantes, como: cigarro, algumas substâncias químicas, fazer uso de máscaras em alguns lugares, arejar e higienizar ambientes.
Medicações podem ser necessárias para amenizar sintomas ou controlar a doença a longo prazo, evitando pioras, e a fisioterapia respiratória pode apoiar alguns pacientes. Mas, para decidir sobre isso, apenas com o apoio do seu Time de Saúde.
Simplificando...
Independente de qual “ite” você tenha ou possa vir a ter, não deixe de marcar uma consulta com o seu Time de Saúde para que, juntos, possamos traçar a melhor conduta para a sua necessidade. Reforçamos que o Time de Saúde não está ali apenas para te ajudar quando está doente, mas sim para te apoiar a viver melhor!