Exercícios físicos, medicamentos ou cirurgia: incontinência urinária tem tratamento

Incontinência urinária não é normal e tem tratamento. Esta é uma das principais mensagens que as autoridades sanitárias querem fazer chegar aos cerca de 10 milhões de brasileiros que podem sofrer desse problema, segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Esse distúrbio se caracteriza pela perda involuntária de urina pela uretra e, apesar de mais comum em mulheres e pessoas acima dos 50 anos, pode afetar também homens, jovens e crianças.

Os tipos mais frequentes de incontinência urinária são: de esforço, quando ocorre perda de urina ao tossir, rir, fazer exercícios ou se movimentar; de urgência, quando o indivíduo sente uma vontade súbita de urinar durante uma atividade qualquer sem que haja tempo de chegar ao banheiro; e mista, quando há a associação dos dois tipos de incontinência.

Nas mulheres, a incidência é maior devido a alterações na musculatura pélvica decorrente da gestação, do parto e da própria anatomia feminina, que favorece a ocorrência do problema. Além disso, a bexiga hiperativa, comum nas mulheres, é causa frequente de incontinência urinária. Já nos homens o distúrbio é mais frequente após cirurgias de próstata que pode levar a perda de função dos músculos que evitam a perda da urina. Nas crianças, a perda urinária é mais comum durante o sono (enurese) e pode ser devida a alterações na bexiga ou à produção excessiva de urina durante a noite.

“A incontinência urinária é a segunda doença que mais afeta a qualidade de vida da população, ficando atrás apenas da depressão”, afirma o coordenador do Centro de Tratamento da Incontinência Urinária do Sírio-Libanês, o urologista Flávio Trigo. “E muitas vezes o fato de uma pessoa ter incontinência urinária piora o quadro de depressão”, acrescenta.

O Sírio-Libanês atende pacientes com qualquer tipo de incontinência urinária, oferecendo uma abordagem integrada, com a participação de médicos, fisioterapeutas, enfermeiros e psicólogos.

Os tratamentos podem se limitar à realização de exercícios para o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, ou incluir o uso de medicamento ou cirurgias, conforme a indicação para cada caso. Alguns tratamentos inovadores vêm sendo realizados no Sírio-Libanês com bons resultados, como a aplicação de toxina botulínica ou o implante de marca-passo na bexiga.

Além disso, para os pacientes que já estão em tratamento com um médico de sua confiança, o Sírio-Libanês oferece a possibilidade de realização de todos os exames diagnósticos e tratamentos não invasivos, como a​ fisioterapia, visando ao restabelecimento da continência urinária.

“A ideia ao criar o Centro de Incontinência Urinária foi reunir num mesmo lugar uma equipe multidisciplinar e especializada, oferecendo o que há de mais moderno no diagnóstico e no tratamento desse problema”, avalia o dr. Trigo.

Acontece no Sírio-Libanês