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Depressão é doença e precisa de medicamentos
Sírio-Libanês
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Vamos conversar sobre depressão? Esta é a pergunta-chave da campanha deste ano do Dia Mundial da Saúde, iniciativa idealizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A depressão é uma síndrome, cujas reações no organismo vão além das sensações de tristeza e falta de interesse por atividades cotidianas. Ela pode englobar desde deficiências nos níveis de alguns neurotransmissores, como a serotonina, noradrenalina e dopamina, até alterações em níveis hormonais.
Segundo o prof. dr. Arthur Guerra de Andrade, médico psiquiatra no Hospital Sírio-Libanês, a depressão pode atingir as pessoas em qualquer fase da vida. No entanto, ressalta que ela costuma ser mais comum em momentos de vulnerabilidade, como situações de desemprego; após o diagnóstico de doenças graves, como câncer, aids ou acidente vascular cerebral (AVC); diante de problemas afetivos ou com o uso de álcool e outras drogas.
O consumo abusivo de bebidas alcoólicas (acima de duas doses diárias para homens e uma dose para mulheres) reduz os níveis de serotonina no cérebro, que tem como uma das suas funções a regulação do humor; e isso pode ajudar a desencadear a síndrome. A combinação álcool e depressão merece especial atenção, pois várias pessoas acabam encontrando nas bebidas alcoólicas uma fuga da depressão, mas na verdade podem estar apenas a agravando.
Como saber se estou com depressão?
De acordo com a OMS, 4,4% da população mundial têm depressão. No Brasil ela 5,8% da população, ou seja, 11,5 milhões de pessoas.
A depressão é uma doença e deve ser diagnosticada por um médico. De acordo com o Ministério da Saúde, existem diversas sensações que podem ser consideradas como sinais de depressão. Entre elas:
- Diminuição ou incapacidade de sentir prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis.
- Falta de sentido na vida (desânimo).
- Irritabilidade.
- Ansiedade.
- Angústia.
- Medo.
- Perda ou aumento do apetite e do peso, sem motivo aparente.
- Insônia.
A presença de um ou mais desses sintomas de forma intensa e recorrente requer ajuda médica. Evite enfrentar essas sensações com o uso de álcool e outras drogas, e marque uma consulta com um médico especializado.
Como tratar a depressão?
O tratamento da primeira crise de depressão é muito importante, pois quando feito corretamente diminui as chances de que o distúrbio retorne. No entanto, muitas pessoas ainda não aceitam que podem estar com depressão e não procuram ajuda médica. "Diagnóstico rápido e tratamento adequado permitem resultados positivos para que os pacientes retomem as suas atividades", diz o dr. Guerra
O tratamento medicamentoso contra a depressão, que deve ser sempre indicado pelo médico, pode ser feito por vários anos ou até mesmo durante toda a vida. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, os medicamentos antidepressivos não tornam os pacientes dependentes.
A psicoterapia também pode ser indicada para ajudar no tratamento da depressão. Ela atua na reestruturação psicológica do paciente, ajudando-o a compreender melhor o processo da doença e resolução de conflitos.
O Hospital Sírio-Libanês conta em seu corpo clínico com diversos médicos psiquiatras experientes para diagnosticar a depressão e tratá-la. Psicólogos especializados também fazem parte das equipes multidisciplinares que atendem no hospital, ajudando nos cuidados dos pacientes vulneráveis à doença. Para pacientes que, além da depressão, apresentam problemas decorrentes do uso de álcool e outras drogas, o Hospital oferece a assistência do seu Núcleo de Álcool e Drogas (NAD).
Sobre o Dia Mundial da Saúde
O Dia Mundial da Saúde foi criado, em 1948, durante a Assembleia Mundial da Saúde, realizada em Genebra, na Suíça.
A data tem por objetivo conscientizar a população sobre os diferentes fatores que afetam a saúde, e foi estabelecida para coincidir com o dia da criação da OMS, 7 de abril.