Perda auditiva: causas, diagnóstico e tratamentos

A audição é o sentido fundamental para nossa comunicação, ou interação, com nossos semelhantes e o ambiente em que vivemos. Escutar barulhos e ruídos ambientais não só trazem uma sensação de segurança como permite compreender o ambiente em que vivemos. Traz informações contínuas para nosso cérebro, mesmo quando estamos dormindo, e por isto é o sentido mais importante para evitar o isolamento de uma pessoa e mesmo uma demência senil. Também é o sentido da comunicação, onde uma linguagem complexa é aprendida naturalmente. Crianças que escutam mal perdem ou atrasam o desenvolvimento de linguagem, com consequências `a sua formação e educação.

Por estes motivos, a reabilitação auditiva é tema importante em qualquer idade, e o diagnóstico preciso da causa deve ser realizado precocemente. Hoje todas as perdas auditivas podem ser re-habilitadas por meio de diversas tecnologias e tratamentos, cirúrgicos ou não, e o conhecimento destas possibilidades é muito importante para os profissionais de saúde e pacientes.

Quais as causas e os tipos de uma perda auditiva?

A perda auditiva (hipoacusia) pode ser dividida de maneira simples em perda auditiva de condução ou sensorial. A hipoacusia de condução engloba qualquer situação onde existe um impedimento para o som ser conduzido e amplificado até a parte do labirinto (a cóclea) que transforma este som em estímulo elétrico. Isto inclui desde situações simples e corriqueiras, como cera nos ouvidos, até doenças importantes e tumores.

A perda auditiva sensorial é a que diminui a função da cóclea, ou seja, a capacidade de transformação do estímulo elétrico diminui. Nesta situação o paciente sente não só a perda auditiva, mas também dificuldade de compreender palavras, entender conversas, e zumbido ou chiado. O exemplo mais comum é a perda auditiva ligada `a idade, onde vamos perdendo aos poucos a capacidade de nos comunicar. Muitas causas e doenças, mesmo externas ao nosso ouvido, podem levar a este tipo de perda auditiva e o correto diagnóstico deve ser realizado antes da proposta terapêutica.

Como fazer o diagnóstico correto?

O exame realizado pelo otorrinolaringologista normalmente é suficiente para compreender-se a natureza da perda auditiva, e nortear exames complementares que deverão ser realizados pelo paciente. A avaliação fonoaudiológica através de exames auditivos como a audiometria e/ou exames eletrofisiológicos determinam o tipo e a intensidade da hipoacusia, e nos dá informações sobre compreensão e estado de saúde dos ouvidos. Normalmente estes exames apenas já são suficientes para determinar o tratamento. Em alguns casos, porém, exames de imagem como a tomografia e a ressonância magnética são necessários.

Tratamento e Reabilitação

O tratamento da hipoacusia leva em consideração os tipo e intensidade da perda, a idade do paciente e outras condições que afetem a estrutura de nosso ouvido. Muitas causas podem ser tratadas com medicamentos, outras tem tratamento eminentemente cirúrgico. Muitas tecnologias atuais estão à disposição para a reabilitação da audição, como aparelhos de amplificação sonora, próteses eletrônicas implantadas nos ossos do ouvido e o implante coclear, que restaura a audição na maioria dos casos de surdez profunda.