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Saiba mais sobre a infecção pelo vírus Varicela-Zoster
Sírio-Libanês
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A infecção pelo vírus Varicela-Zoster causa duas formas de doenças clínicas distintas: Varicela, também conhecida como catapora e Herpes Zoster, que os antigos chamavam de "cobreiro".
A manifestação primária da catapora caracteriza-se por vesículas disseminadas por todo o corpo. Após a resolução clínica, segue-se a forma latente, que quando reativada leva ao Herpes Zoster.
O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos estima que aproximadamente 30% das pessoas apresentem Zoster durante a vida. A incidência aumenta com a idade, devido ao declínio da imunidade celular específica.
A idade é o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de Zoster, em especial após os 50 anos. Outros fatores associados incluem as doenças malignas, desordens da imunidade mediada por célula, pacientes HIV positivos, transplantados de órgãos e pacientes com doenças crônicas do fígado e dos rins e as moléstias auto-imunes.
Aproximadamente, de 1 - 4% dos indivíduos podem apresentar um segundo episódio de Herpes Zoster, sendo mais comum em pacientes imunodeprimidos.
Pessoas com Herpes Zoster podem disseminar o vírus Varicela-Zoster, para aqueles que não tiveram varicela (catapora) ou os que nunca receberam a vacina. O vírus se dissemina através do contato direto com lesões ativas. As lesões são consideradas infecciosas até que se transformem em crostas. Há ainda, embora menos frequente, a transmissão pelo ar.
As manifestações clínicas do Herpes Zoster incluem: vesículas acompanhando um ou, menos frequentemente, dois ou mais trajetos vizinhos da derme e neurite aguda.
Em ocasiões raras, pacientes imunocompetentes podem apresentar Zoster ocular ou neurológico, consideradas formas graves que necessitam de medicamentos anti-virais, por via venosa e por tempo prolongado.
O tratamento com drogas anti-virais específicas diminui a duração e a severidade da neurite aguda. No entanto, não é claro se minimizam o risco da neurite pós-herpética.
A neuralgia pós-herpética é definida quando a dor persiste por um período superior a 4 meses , as vezes perdurando por mais de um ano. Não existe analgesia adjuvante competente, mesmo utilizando-se gabapentina, anti-depressivos tricíclicos ou glucocorticóides.
A vacina para Herpes Zoster diminui o risco de desenvolver a doença, bem como o surgimento da neuralgia pós-herpética, especialmente em pessoas com mais de 50 anos de idade. A vacina é contra indicada em pacientes com alto grau de imunodepressão, reação anafilática a gelatina e a neomicina e em mulheres grávidas.