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Conheça as semelhanças e diferenças entre o herpes oral e o genital
Dra. Vivian lida Avelino da Silva
08/06/2017 · 1 min de leitura
Quase 70% das pessoas no mundo com menos de 50 anos idade têm o herpes-vírus simples tipo 1, principal causador de herpes oral, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já o herpes-vírus simples tipo 2, da mesma família e principal causador de herpes genital, afeta aproximadamente 8% da população entre 15 e 49 anos de idade.
A principal diferença entre esses dois tipos de herpes é o local de manifestação no corpo. Ou seja, em ambos os casos, podem ocorrer dores, manchas vermelhas na pele e pequenas bolhas que se rompem e cicatrizam com uma crosta (casquinha). No herpes oral, porém, essas manifestações se concentram na região da boca e dos lábios, enquanto que no herpes genital o foco são os órgãos genitais da mulher e do homem.
Como me prevenir contra o herpes-vírus?
Apesar de o herpes simples tipo 1 (HSV-1) causar, na maioria das vezes, o herpes oral, e o herpes simples tipo 2 (HSV-2), o herpes genital, pode acontecer também o contrário em alguns casos. Isso se dá, principalmente, pela prática do sexo oral.
Os vírus causadores do herpes são altamente transmissíveis e a doença pode ocorrer em qualquer idade. Além do contato direto com a pele ou a mucosa de uma pessoa infectada, o contágio pode se dar através de outros tipos de contato indireto com pessoas ou objetos contaminados, embora esse meio de transmissão seja raro.
Infectologista no Hospital Sírio-Libanês, a dra. Vivian Iida Avelino da Silva explica que as chances de transmissão dos herpes-vírus são bem maiores quando há lesões visíveis na região, mas em alguns casos ela se dá até sem a presença de sinais da doença. Por isso, embora não tragam 100% de segurança, podem ajudar na prevenção as seguintes estratégias:
- Usar preservativo em todas as relações sexuais.
- Abster-se do sexo (oral, vaginal e anal) quando houver sinais da doença.
- Não beijar a boca de quem tiver sinais da doença.
Embora o vírus tenha uma sobrevida muito curta quando em contato com o ar em temperatura ambiente, é recomendável evitar compartilhar com pessoas que apresentem lesões de herpes pertences de uso pessoal ou íntimo; ou objetos que possam estar contaminados, como copos, talheres, escova de dente, batons, protetores labiais e toalhas.
Mulheres grávidas merecem atenção especial, pois os herpes-vírus podem ser transmitidos para o bebê durante o parto, podendo causar na criança problemas neurológicos, como deficiência intelectual e convulsões.
Nas gestantes com sinais de herpes genital próximo ao período do parto, o médico pode recomendar uso de medicamentos antivirais e, em alguns casos, parto cesariana para evitar a infecção do bebê.
Como o herpes oral e o genital se manifestam?
O tempo de duração dos sintomas causados pelos herpes oral e genital é de cinco a dez dias, em média, mas nem todo mundo que tem o vírus apresenta sinais da doença. "Certas pessoas têm o quadro da doença apenas uma vez na vida, algumas nunca apresentam e outras podem ter episódios repetidos", comenta a dra. Vivian.
Os herpes do tipo oral e genital não têm cura. A reativação de seus sintomas pode ocorrer então ao longo da vida sem uma causa aparente, mas também devido a exposição intensa ao sol, cansaço físico ou mental, estresse, febre ou outras infecções que diminuam a resistência do organismo.
No caso do herpes genital, como ocorre uma quebra da integridade da pele da pessoa infectada, acredita-se que diante de uma relação sexual sem proteção essas pessoas tenham um risco cerca de três vezes maior de contrair outras infecções, como o HIV, quando comparadas a pessoas que não têm lesões por herpes.
Como tratar o herpes?
O tratamento é feito através de medicações que atuam contra a multiplicação do vírus. Os cuidados médicos podem ser contra a lesão ativa, que geralmente dura poucos dias, ou preventivo, que é usado por um tempo mais prolongado (alguns meses) para evitar o aparecimento das feridas recorrentes.
O tratamento preventivo do herpes costuma ser utilizado quando o incômodo provocado pela doença se torna constante. Ou seja, quando o paciente tem mais de dois ou três episódios por ano e as lesões causam muita dor, incômodo para urinar e dificuldade ou constrangimento para ter relações sexuais.
O diagnóstico do herpes é clínico com base nos sintomas e nas lesões apresentadas pelo paciente. Existe um exame de sangue específico que ajuda a identificar se a pessoa já teve contato com o herpes-vírus, mas, sozinho, ele não é suficiente para definir a presença da doença. Em casos raros, pode ser feita também uma biópsia para conhecer melhor a lesão.
O Hospital Sírio-Libanês conta em seu corpo clínico com médicos especializados no diagnóstico e no tratamento de herpes oral e genital. Os cuidados contra essas doenças podem ser feitos através do serviço de Pronto Atendimento ou marcando uma consulta no Núcleo de Medicina Avançada.