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Colesterol: 8 fatos que você precisa saber
Confira o texto completo sobre o tema e entenda mais sobre a condição.
Hospital Sírio-Libanês
31/01/2025 · 1 min de leitura
O colesterol é uma substância vital para o funcionamento adequado do corpo humano, desempenhando um papel essencial na produção de hormônios, na formação de células e na síntese de vitamina D. No entanto, quando seus níveis estão desequilibrados, especialmente quando elevado, pode representar sérios riscos à saúde cardiovascular, tornando-se um fator de risco para doenças como infarto do miocárdio e derrames.
No Brasil, cerca de 4 em cada 10 adultos apresentam níveis alterados de colesterol, conforme dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Esse índice é alarmante, principalmente quando comparado aos números de outros países, como os Estados Unidos, onde os níveis de colesterol elevado também são um problema, mas com proporções menores.
Neste artigo, vamos explorar o que é, entender suas funções no organismo, examinar as principais causas do aumento de seus níveis. E, o mais importante, discutir as formas de controlá-lo por meio de hábitos saudáveis e tratamentos adequados.
O que é colesterol?
Uma substância gordurosa produzida pelo fígado e encontrada em alimentos de origem animal. Ele desempenha diversas funções vitais para o organismo, como a formação de membranas celulares, a produção de hormônios e a síntese de vitamina D.
A maior parte do colesterol é produzida endogenamente, ou seja, pelo próprio corpo, enquanto o restante vem da alimentação. Aproximadamente 70% é produzido pelo fígado, enquanto 30% advêm da dieta.
Ele é transportado pelo sangue por meio de lipoproteínas, as quais são proteínas que carregam as moléculas de gordura para diversas partes do corpo. As duas principais lipoproteínas que transportam o colesterol são o LDL (lipoproteína de baixa densidade) e o HDL (lipoproteína de alta densidade).
Funções vitais: como o corpo se mantém abastecido?
Apesar de sua presença nos alimentos, o colesterol pode ser fabricado pelo corpo de acordo com suas necessidades. O organismo ajusta a produção segundo as demandas internas, o que significa que uma alimentação balanceada é suficiente para garantir níveis saudáveis de gordura, desde que não haja excessos.
Em outras palavras, não é necessário consumir alimentos ricos em colesterol para garantir o bom funcionamento hormonal ou metabólico.
Entretanto, a produção dele no corpo pode ser influenciada por fatores como genética, dieta e estilo de vida. Em algumas pessoas, o fígado pode produzir mais do que o necessário, o que pode levar ao aumento do colesterol total no sangue.
Por outro lado, hábitos alimentares pouco saudáveis, como o consumo excessivo de gorduras saturadas, também podem causar elevação do colesterol.
Diferença entre colesterol e triglicerídeos
Enquanto é essencial para diversas funções do organismo, outra substância importante encontrada no sangue são os triglicerídeos, um tipo de gordura utilizado como fonte de energia. Enquanto o colesterol atua na formação celular e produção hormonal, os triglicerídeos desempenham um papel chave no fornecimento de energia para o corpo.
Níveis elevados de ambas as substâncias podem indicar distúrbios metabólicos, sendo essencial compreender suas diferenças para manter a saúde cardiovascular em equilíbrio.
O aumento dos triglicerídeos no sangue é um fator de risco significativo para doenças cardíacas e está frequentemente relacionado a uma dieta rica em açúcares e gorduras trans. Embora mais frequentemente discutido, é igualmente importante monitorar os níveis de triglicerídeos para evitar complicações de saúde.
Colesterol bom e ruim
O colesterol é dividido em dois tipos principais: o LDL (lipoproteína de baixa densidade) e o HDL (lipoproteína de alta densidade).
O LDL é considerado o “ruim”, pois pode se acumular nas paredes das artérias, contribuindo para a formação de placas de gordura e aumentando o risco de doenças cardíacas. Já o HDL, conhecido como “bom”, ajuda a remover o excesso do sangue, mantendo as artérias limpas e funcionando adequadamente.
Uma proporção adequada de HDL e LDL no sangue é essencial para garantir a boa saúde do sistema cardiovascular. Quando os níveis de LDL estão elevados e o HDL está baixo, o risco de problemas cardíacos aumenta significativamente. A relação entre o HDL e o LDL é um dos principais fatores que os médicos avaliam ao determinar o risco cardiovascular de um paciente.
Fatores de risco para níveis elevados de LDL e outros lipídios
O aumento do LDL, conhecido como lipoproteína de baixa densidade, pode ser influenciado por diversos fatores, como:
- Genética: predisposições hereditárias podem levar a níveis elevados de lipídios desde a infância. Pessoas com histórico familiar enfrentam maior probabilidade de desenvolver essa condição.
- Alimentação: dietas ricas em gorduras saturadas e trans são grandes contribuintes para o descontrole metabólico. Alimentos como carnes vermelhas, queijos e frituras são conhecidos por impactar negativamente os níveis de LDL.
- Sedentarismo: a falta de atividade física reduz a quantidade de HDL, o lipídio considerado benéfico, enquanto facilita o acúmulo de LDL. Exercícios regulares ajudam a equilibrar esses indicadores.
- Obesidade: o sobrepeso exerce pressão metabólica sobre o organismo, provocando desequilíbrios. A gordura localizada no abdômen, em especial, está associada a alterações prejudiciais nos lipídios.
- Tabagismo: o hábito de fumar afeta os vasos sanguíneos e favorece o acúmulo de lipoproteínas de baixa densidade, além de reduzir os níveis do lipídio protetor.
- Diabetes tipo 2: essa condição metabólica agrava a dificuldade do corpo em regular lipídios, elevando o risco de complicações cardiovasculares em pacientes diabéticos.
Impacto da genética nos níveis de lipídios
A herança genética é um fator determinante para o equilíbrio lipídico no organismo.
Pessoas com histórico familiar de condições como hipercolesterolemia familiar enfrentam um risco significativamente maior de apresentar altos níveis de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), mesmo quando adotam hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e prática regular de exercícios. Essas condições hereditárias geralmente necessitam de acompanhamento médico contínuo e, muitas vezes, de tratamento medicamentoso para controle eficaz.
É importante compreender que fatores hereditários podem afetar como o corpo metaboliza gorduras, independentemente do estilo de vida. A hipercolesterolemia familiar, por exemplo, é uma condição genética que eleva o LDL desde a infância, aumentando o risco de complicações cardiovasculares precoces.
Para essas pessoas, exames regulares são essenciais, assim como intervenções personalizadas, que podem incluir o uso de medicamentos para controlar os níveis de lipídios.
O impacto genético vai além do LDL: variantes genéticas podem influenciar também o HDL, considerado benéfico, e até os triglicerídeos. Assim, o histórico familiar deve ser analisado cuidadosamente como parte de uma abordagem preventiva e de tratamento.
É necessário monitorar a saúde cardiovascular?
A saúde cardiovascular exige atenção constante, já que muitas condições, incluindo níveis elevados de lipídios, são silenciosas e só manifestam sinais em situações críticas, como infartos ou derrames.
Por isso, a realização de exames regulares é essencial. Crianças a partir dos 10 anos devem realizar uma triagem inicial, com acompanhamento a cada 5 anos. Em adultos, a recomendação é que os exames sejam feitos a cada 1 ou 2 anos, com maior frequência após os 65 anos, quando uma análise anual se torna imprescindível.
Detectar alterações precocemente é a chave para um tratamento eficaz. Mesmo sem sintomas evidentes, o monitoramento regular pode prevenir complicações graves, permitindo a adoção de estratégias que garantam uma melhor qualidade de vida.
Estratégias para o tratamento de desequilíbrios lipídicos
O tratamento para níveis elevados de lipídios no sangue combina diferentes abordagens para garantir eficácia e saúde a longo prazo.
- Mudanças alimentares: a redução do consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e processados é essencial, enquanto o aumento da ingestão de fibras, presentes em frutas, legumes e grãos integrais, contribui para a regulação dos níveis;
- Exercício físico: atividades regulares, como caminhadas, natação ou ciclismo, ajudam a equilibrar os níveis de lipoproteínas e a fortalecer o sistema cardiovascular;
- Medicação: em casos genéticos ou mais graves, medicamentos, como estatinas, são indicados para reduzir a produção de lipídios no fígado;
- Controle de outras condições: o manejo de doenças como diabetes e hipertensão é essencial para evitar a piora de problemas metabólicos.
Além das abordagens convencionais, novas terapias têm mostrado resultados promissores. Medicamentos como os inibidores da PCSK9 oferecem opções eficazes para pacientes que não respondem bem a tratamentos tradicionais, reforçando o arsenal de estratégias disponíveis.
Maneiras naturais de equilibrar os níveis lipídicos
O controle natural dos lipídios pode ser alcançado com a inclusão de alimentos benéficos na dieta.
- Fontes de ômega-3: alimentos como salmão, atum e sementes de linhaça contribuem para a redução de lipoproteínas prejudiciais e oferecem propriedades anti-inflamatórias que beneficiam o sistema cardiovascular.
- Fibras: grãos integrais, frutas como maçãs e vegetais como cenouras ajudam o corpo a eliminar o excesso de gorduras circulantes no sangue.
- Nozes e sementes: ricas em gorduras saudáveis, promovem o aumento de lipoproteínas protetoras. Exemplos incluem nozes, amêndoas e sementes de chia.
- Antioxidantes: frutas vermelhas e vegetais folhosos contêm compostos que protegem as artérias dos danos causados por substâncias oxidantes, reduzindo o risco de complicações cardíacas.
Essas estratégias naturais, quando combinadas com hábitos saudáveis e acompanhamento médico, ajudam a promover o equilíbrio metabólico e prevenir doenças a longo prazo.
Impactos de colesterol alto a longo prazo
A manutenção inadequada dos níveis de lipídios no sangue pode desencadear problemas graves ao longo do tempo, como doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e até complicações hepáticas.
O acúmulo de placas nas artérias, conhecido como aterosclerose, pode restringir o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de ataques cardíacos e derrames.
Outros órgãos, como os rins, também podem ser afetados, resultando em danos adicionais ao organismo. Essas consequências reforçam a importância de monitorar e equilibrar os níveis lipídicos para prevenir complicações e preservar a saúde a longo prazo.
Cuide do seu colesterol para garantir uma vida saudável
Manter o equilíbrio metabólico é indispensável para a saúde cardiovascular e o bem-estar geral. Níveis adequados de lipoproteínas no sangue garantem o funcionamento ideal do organismo, incluindo a produção hormonal e a absorção de nutrientes essenciais.
Não permita que o descontrole lipídico coloque sua saúde em risco. Agende uma consulta com nossos especialistas e descubra como alcançar um equilíbrio metabólico saudável, promovendo qualidade de vida e prevenindo complicações futuras.
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