Empresas buscam apoio de hospitais para retomada em preparação para a volta gradual de funcionários ao trabalho, grandes empresas buscam apoio de infectologistas e hospitais como Albert Einstein e Sírio-Libanês para definir protocolos de saúde. Do acesso ao prédio ao uso do elevador e ao cafezinho, nada deverá ser como antes. “Áreas de descanso e de alimentação são locais onde as pessoas baixam a guarda. E aí que mora o perigo”, diz Adauto Castelo Filho, da Escola Paulista de Medicina, economia/pág.bi Especialistas em saúde são contratados para definir protocolos nos escritórios, em áreas comuns e até na entrada de elevadores; Albert Einstein e Sírio-Libanês estão encabeçando consultorias a grandes grupos para preparar retorno dos funcionários pós-quarentena Empresas buscam auxílio de hospitais e infectologistas para a volta ao trabalho Mônica Scaramuzzo Empresas de grande porte contrataram a assessoria de hospitais, laboratórios e infectologistas renomados para organizar, aos poucos, a volta de seus funcionários ao trabalho. Com a flexibilização das regras de isolamento em São Paulo, grupos empresariais buscaram nos especialistas de hospitais, como Albert Einstein e Sírio-Libanês, e infectologistas protocolos de saúde para tornar o retorno menos dramático. Da entrada ao prédio ao tradicional cafezinho, nada vai mais ser como antes. “Apalavramágica é distanciamento social e máscara”, diz o médico Sérgio Cimerman, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia. Disputas acaloradas para entrar no elevador na hora de rush também estão descartadas. Tudo vai ser monitorado. Uma das maiores construtoras do País, a Evenestá concluindo a reforma de seu escritório em São Paulo e j á tem em mãos o plano de retorno. O novo mandamento corporativo vai muito além das regras de distanciamento e higienização. Nas áreas de descanso e copa, por exemplo, os cuidados terão de ser redobrados. “Áreas de descanso e de alimentação são locais onde as pessoas baixam a guarda. E é aí que mora o perigo”, alerta o médico infectologista Adauto Castelo Filho, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, que está auxiliando a construtora nesta retomada. “Latino é muito caloroso. Quando se encontra, quer abraçar e dar tapinhas nas costas. Não dá mais.” À espera da autorização da prefeitura de São Paulo, a Even se prepara, mas não tem pressa para a volta dos funcionários aos escritórios e estandes de venda. “Ninguém vai ser obrigado a voltar se não se sentir seguro. A retomada, quando autorizada, vai ser por etapa”, diz Daniel Matone, diretor administrativo e financeiro da construtora. Desde março, os 450 funcionários do grupo em São Paulo e do Rio de Janeiro estão em casa. “Somente as obras estão em operação porque são considerados serviços essenciais”, afirma. Consultorias. Nas últimas semanas, aumentaram os pedi- EELIPE RAU/ESTADÃO 5/6/2020 Volta segura. Construtora Even, que está concluindo a reforma do escritório para receber funcionários, contratou infectologista para validar protocolo MANUAL BACK TO WORK’ DO ALBERT EINSTEIN • Retorno em fases A volta ao trabalho tem de respeitar os decretos municipais de reaberturas de espaços, monitorado por fases • Perfil do colaborador Trabalhadores que pertençam ao grupo de risco devem permanecer em home Office. Questionários devem ser feitos para levantar a rotina do trabalhador • Redução de jornada De acordo com o perfil epidemiológico de cada região, a jornada deve ser reduzida respeitando a capacidade instalada para cada espaço de trabalho • Higienização reforçada Sanitários, vestuários, mesas, equipamentos de uso comum, como impressoras, devem receber de consultoria aos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês. “Estamos trabalhando no plano de retomada para vários ber protocolo de uso e de higienização • Máscaras obrigatórias Todos os colaboradores devem usar máscaras durante o trajeto e permanência ao trabalho • Distanciamento social É necessário uma revisão dos espaços físicos de interação, como copas, salas de reunião e escritório e mesas • Questionário de sintomas O colaborador tem de aferir sua temperatura e relatar sintomas fora e dentro do trabalho • Higienização das mãos Todos os espaços devem ter dispensers de solução alcoólica e comunicação reforçada para a higienização das mãos setores”, diz Rafael Saad, gerente de consultoria do Sírio-Libanês. Segundo Saad, o trabalho de consultoria do hospital existe há 7 anos, mas era voltado ao apoio de redes de saúde públicas e privadas. A pandemia mudou a cara do negócio. “Temos uma equipe de saúde e engenheiros que fazem o plano de ação e identifica riscos de contágio nas empresas. Temos de quatro a cinco pessoas dedicadas a cada projeto”, explica Saad. O hospital organizou recentemente todo o projeto da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), que reúne 577 estabelecimentos no País. O plano de ação não inclui protocolos somente aos consumidores, mas aos funcionários que trabalham no entorno dos shoppings e escritórios. Pioneiras. As indústrias de alimentos foram as primeiras a procurar ajuda, afirma Anarita Buffe, diretora de desenvolvimento de projetos e consultoria do Albert Einstein. Nesta primeira onda da pandemia, as companhias buscaram auxílio para manter os serviços essenciais e fazer controle de contágio. Junto com o médico infectologista Adauto Castelo Filho, o Einstein preparou os protocolos de trabalho para as fábricas da JBS no Brasil. “Mapeamos toda a jornada do trabalhador para reduzir o risco de contágio”, diz Castelo. Nas fábricas da JBS, foi criada a figura do “monitor do covid 19”, cuja função é vigiar os funcionários com máscaras e saber se estão obedecendo os protocolos. Agora, a demanda das empresas é preparar a volta após o fim do isolamento. “Temos entre 40 a 45 companhias em cônsul - • Protocolos de saúde 45 é o total de empresas que o hospital Albert Einstein está assessorando. 0 Sírio-Libanês recebe de duas a três sondagens por semana para auxiliar as companhias nos protocolos 577 shoppings ligados à Abrasce tiveram orientações do hospital Sírio-Libanês para receber os consumidores e funcionários após isolamento, que vão de construtoras, empresas de entretenimento, como cinemas, a escolas”, diz Anarita, do Einstein. No complexo WTC, que reúne quatro negócios as torres de escritórios, o shopping D&D, o hotel Sheraton e o centro de convenções -, o desafio foi validar os diversos protocolos que atendam a todos os setores. “Apalavra de ordem é segurança”, diz Fernando Guinato Filho, diretor-geral do Sheraton São Paulo WTC e do WTC Events Center. Dos negócios que ele administra, o centro de convenções será o último a retomar as atividades. “Nosso teatro, com espaço para mais de 500 pessoas, só voltará com no máximo 80 pessoas no local. Estamos com 15% a 20% do nosso efetivo no hotel, que está com bares e restaurantes fechados e baixa ocupação”, diz Guinato. Já as torres de escritórios estão prontas para a retomada. “Mas muitas empresas, mesmo podendo ocupar a área, não voltaram ainda.” Guinato não tem dúvida: a volta vai ser lenta e gradual. “E nem tudo será igual como antes.” Não há um ‘manual único’ para o mundo corporativo Para infectologista, a informação é a principal 4 ferramenta para que colaborador possa evitar ♦ risco de contágio ♦ Embora as incertezas sobre a pandemia coloquem as empresas em alerta, não há como preparar um manual único para o mundo corporativo. “Todos estão buscando um norte para orientar a retomada ao trabalho. E uma fase de aprendizado. Não há uma regra comum para todos ”, explica o médico infectologista Sérgio Cimerman, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia. Para Cimerman, a regra geral é a informação. “Parece óbvio, mas é importante que cada colaborador entenda que a higienização das mãos, uso do álcool em gel e máscara, além do distanciamento, é o caminho para evitar o contágio.” Nemtodas as empresas comportam um ambulatório em suas instalações, segundo Cimerman. “E isso, por si só, não resolveria a questão.” Desde o início do isolamento, grupos empresariais tentam se adequar à nova realidade. Empresas como Bradesco e o Iguatemi, por exemplo, contrataram o laboratório Fleury para fazer testes de diagnósticos de covid-19 em seus funcionários, além de oferecer consultas virtuais. Segundo Carlos Marinelli, presidente do Fleury, a área de novos negócios do laboratório não deve acabar após a pandemia. “Atelemedicina veio para ficar. A pandemia acelerou o nosso processo de digitalização”, disse. Rodízio. No Bradesco, o serviço de testagem é oferecido aos VALÉRIA GONCALVEZ/ESTADÃO 4/6/2020 Vida nova. Para Guinato (à esq.), do WTC, repensou espaços funcionários das agências, que não pararam por ser uma atividade essencial. O banco está fazendo rodízio entre os funcionários de agências que trabalham de segunda à sexta-feira. No fim de semana, o local é higienizado para que a outra turma possa assumir o posto na semana seguinte. O banco busca fazer o mapeamento para achatar a curva do coronavírus. Os testes não são obrigatórios e o nom e do funcionário fica em sigilo. Para Fernando Guinato Filho, diretor-geral do Sheraton WTC, dificilmente os protocolos de saúde do grupo vão recuar, mesmo após a pandemia. “Esta é uma crise que vai deixar marcas profundas em todos os setores.” /m.s.Empresas buscam apoio de hospitais para retomada em preparação para a volta gradual de funcionários ao trabalho, grandes empresas buscam apoio de infectologistas e hospitais como Albert Einstein e Sírio-Libanês para definir protocolos de saúde. Do acesso ao prédio ao uso do elevador e ao cafezinho, nada deverá ser como antes. “Áreas de descanso e de alimentação são locais onde as pessoas baixam a guarda. E aí que mora o perigo”, diz Adauto Castelo Filho, da Escola Paulista de Medicina, economia/pág.bi Especialistas em saúde são contratados para definir protocolos nos escritórios, em áreas comuns e até na entrada de elevadores; Albert Einstein e Sírio-Libanês estão encabeçando consultorias a grandes grupos para preparar retorno dos funcionários pós-quarentena Empresas buscam auxílio de hospitais e infectologistas para a volta ao trabalho Mônica Scaramuzzo Empresas de grande porte contrataram a assessoria de hospitais, laboratórios e infectologistas renomados para organizar, aos poucos, a volta de seus funcionários ao trabalho. Com a flexibilização das regras de isolamento em São Paulo, grupos empresariais buscaram nos especialistas de hospitais, como Albert Einstein e Sírio-Libanês, e infectologistas protocolos de saúde para tornar o retorno menos dramático. Da entrada ao prédio ao tradicional cafezinho, nada vai mais ser como antes. “Apalavramágica é distanciamento social e máscara”, diz o médico Sérgio Cimerman, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia. Disputas acaloradas para entrar no elevador na hora de rush também estão descartadas. Tudo vai ser monitorado. Uma das maiores construtoras do País, a Evenestá concluindo a reforma de seu escritório em São Paulo e j á tem em mãos o plano de retorno. O novo mandamento corporativo vai muito além das regras de distanciamento e higienização. Nas áreas de descanso e copa, por exemplo, os cuidados terão de ser redobrados. “Áreas de descanso e de alimentação são locais onde as pessoas baixam a guarda. E é aí que mora o perigo”, alerta o médico infectologista Adauto Castelo Filho, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, que está auxiliando a construtora nesta retomada. “Latino é muito caloroso. Quando se encontra, quer abraçar e dar tapinhas nas costas. Não dá mais.” À espera da autorização da prefeitura de São Paulo, a Even se prepara, mas não tem pressa para a volta dos funcionários aos escritórios e estandes de venda. “Ninguém vai ser obrigado a voltar se não se sentir seguro. A retomada, quando autorizada, vai ser por etapa”, diz Daniel Matone, diretor administrativo e financeiro da construtora. Desde março, os 450 funcionários do grupo em São Paulo e do Rio de Janeiro estão em casa. “Somente as obras estão em operação porque são considerados serviços essenciais”, afirma. Consultorias. Nas últimas semanas, aumentaram os pedi- EELIPE RAU/ESTADÃO 5/6/2020 Volta segura. Construtora Even, que está concluindo a reforma do escritório para receber funcionários, contratou infectologista para validar protocolo MANUAL BACK TO WORK’ DO ALBERT EINSTEIN • Retorno em fases A volta ao trabalho tem de respeitar os decretos municipais de reaberturas de espaços, monitorado por fases • Perfil do colaborador Trabalhadores que pertençam ao grupo de risco devem permanecer em home Office. Questionários devem ser feitos para levantar a rotina do trabalhador • Redução de jornada De acordo com o perfil epidemiológico de cada região, a jornada deve ser reduzida respeitando a capacidade instalada para cada espaço de trabalho • Higienização reforçada Sanitários, vestuários, mesas, equipamentos de uso comum, como impressoras, devem receber de consultoria aos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês. “Estamos trabalhando no plano de retomada para vários ber protocolo de uso e de higienização • Máscaras obrigatórias Todos os colaboradores devem usar máscaras durante o trajeto e permanência ao trabalho • Distanciamento social É necessário uma revisão dos espaços físicos de interação, como copas, salas de reunião e escritório e mesas • Questionário de sintomas O colaborador tem de aferir sua temperatura e relatar sintomas fora e dentro do trabalho • Higienização das mãos Todos os espaços devem ter dispensers de solução alcoólica e comunicação reforçada para a higienização das mãos setores”, diz Rafael Saad, gerente de consultoria do Sírio-Libanês. Segundo Saad, o trabalho de consultoria do hospital existe há 7 anos, mas era voltado ao apoio de redes de saúde públicas e privadas. A pandemia mudou a cara do negócio. “Temos uma equipe de saúde e engenheiros que fazem o plano de ação e identifica riscos de contágio nas empresas. Temos de quatro a cinco pessoas dedicadas a cada projeto”, explica Saad. O hospital organizou recentemente todo o projeto da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), que reúne 577 estabelecimentos no País. O plano de ação não inclui protocolos somente aos consumidores, mas aos funcionários que trabalham no entorno dos shoppings e escritórios. Pioneiras. As indústrias de alimentos foram as primeiras a procurar ajuda, afirma Anarita Buffe, diretora de desenvolvimento de projetos e consultoria do Albert Einstein. Nesta primeira onda da pandemia, as companhias buscaram auxílio para manter os serviços essenciais e fazer controle de contágio. Junto com o médico infectologista Adauto Castelo Filho, o Einstein preparou os protocolos de trabalho para as fábricas da JBS no Brasil. “Mapeamos toda a jornada do trabalhador para reduzir o risco de contágio”, diz Castelo. Nas fábricas da JBS, foi criada a figura do “monitor do covid 19”, cuja função é vigiar os funcionários com máscaras e saber se estão obedecendo os protocolos. Agora, a demanda das empresas é preparar a volta após o fim do isolamento. “Temos entre 40 a 45 companhias em cônsul - • Protocolos de saúde 45 é o total de empresas que o hospital Albert Einstein está assessorando. 0 Sírio-Libanês recebe de duas a três sondagens por semana para auxiliar as companhias nos protocolos 577 shoppings ligados à Abrasce tiveram orientações do hospital Sírio-Libanês para receber os consumidores e funcionários após isolamento, que vão de construtoras, empresas de entretenimento, como cinemas, a escolas”, diz Anarita, do Einstein. No complexo WTC, que reúne quatro negócios as torres de escritórios, o shopping D&D, o hotel Sheraton e o centro de convenções -, o desafio foi validar os diversos protocolos que atendam a todos os setores. “Apalavra de ordem é segurança”, diz Fernando Guinato Filho, diretor-geral do Sheraton São Paulo WTC e do WTC Events Center. Dos negócios que ele administra, o centro de convenções será o último a retomar as atividades. “Nosso teatro, com espaço para mais de 500 pessoas, só voltará com no máximo 80 pessoas no local. Estamos com 15% a 20% do nosso efetivo no hotel, que está com bares e restaurantes fechados e baixa ocupação”, diz Guinato. Já as torres de escritórios estão prontas para a retomada. “Mas muitas empresas, mesmo podendo ocupar a área, não voltaram ainda.” Guinato não tem dúvida: a volta vai ser lenta e gradual. “E nem tudo será igual como antes.” Não há um ‘manual único’ para o mundo corporativo Para infectologista, a informação é a principal 4 ferramenta para que colaborador possa evitar ♦ risco de contágio ♦ Embora as incertezas sobre a pandemia coloquem as empresas em alerta, não há como preparar um manual único para o mundo corporativo. “Todos estão buscando um norte para orientar a retomada ao trabalho. E uma fase de aprendizado. Não há uma regra comum para todos ”, explica o médico infectologista Sérgio Cimerman, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia. Para Cimerman, a regra geral é a informação. “Parece óbvio, mas é importante que cada colaborador entenda que a higienização das mãos, uso do álcool em gel e máscara, além do distanciamento, é o caminho para evitar o contágio.” Nemtodas as empresas comportam um ambulatório em suas instalações, segundo Cimerman. “E isso, por si só, não resolveria a questão.” Desde o início do isolamento, grupos empresariais tentam se adequar à nova realidade. Empresas como Bradesco e o Iguatemi, por exemplo, contrataram o laboratório Fleury para fazer testes de diagnósticos de covid-19 em seus funcionários, além de oferecer consultas virtuais. Segundo Carlos Marinelli, presidente do Fleury, a área de novos negócios do laboratório não deve acabar após a pandemia. “Atelemedicina veio para ficar. A pandemia acelerou o nosso processo de digitalização”, disse. Rodízio. No Bradesco, o serviço de testagem é oferecido aos VALÉRIA GONCALVEZ/ESTADÃO 4/6/2020 Vida nova. Para Guinato (à esq.), do WTC, repensou espaços funcionários das agências, que não pararam por ser uma atividade essencial. O banco está fazendo rodízio entre os funcionários de agências que trabalham de segunda à sexta-feira. No fim de semana, o local é higienizado para que a outra turma possa assumir o posto na semana seguinte. O banco busca fazer o mapeamento para achatar a curva do coronavírus. Os testes não são obrigatórios e o nom e do funcionário fica em sigilo. Para Fernando Guinato Filho, diretor-geral do Sheraton WTC, dificilmente os protocolos de saúde do grupo vão recuar, mesmo após a pandemia. “Esta é uma crise que vai deixar marcas profundas em todos os setores.” /m.s.